Uro-Oncologia

CIRURGIAS

CÂNCER DE PRÓSTATA

No tratamento do câncer de próstata avançado um dos grandes pilares é o bloqueio da testosterona, o hormônio sexual masculino, já que ele pode estimular o crescimento do tumor. Existem duas maneiras de fazer este bloqueio: pela cirurgia (chamada de orquiectomia); ou pelo uso de drogas, o bloqueio químico.
Como no final o que teremos em ambos os casos é a redução da testosterona, os efeitos colaterais de cada um passa a ser mais relevante na escolha do tratamento. Um estudo publicado recentemente fez esta avaliação. Então qual seria a melhor opção?
Apesar de terem eficácia semelhante e resultado final igual, o bloqueio da testosterona, cada modalidade age de uma maneira diferente:
Orquiectomia: é um procedimento cirúrgico realizado nos testículos que reduz a produção de testosterona.
Bloqueio químico: existem algumas drogas disponíveis para o bloqueio de testosterona, falaremos sobre os GnRHa, ou seja, os agonistas dos hormônios liberadores de gonadotrofina. Esta droga é uma injeção que é bloqueia a produção do hormônio que iria estimular a produção de testosterona nos testículos.

bloqueio-adrogenico

A prostatectomia radical laparoscópica (PRL) é uma forma moderna de prostatectomia radical. Este é um tipo de cirurgia usado para remover a próstata e as vesículas seminais como uma opção de tratamento para o câncer de próstata e, em seguida, anexar a uretra diretamente a bexiga.
Contrastando com a forma original da cirurgia aberta, a prostatectomia radical laparoscópica não faz uma grande incisão. Em vez disso, este procedimento cirúrgico é minimamente invasivo e conta com tecnologias modernas, como a fibra ótica e a magnificação da imagem pela visão ampliada, para realizar a cirurgia de forma precisa.
A PRL é realizada sob anestesia geral (o paciente está dormindo) e leva aproximadamente três horas, em comparação com as 2-3 horas exigidas por uma técnica aberta com incisão. Depois disso, a maioria dos pacientes passa 1 a 2 noites no hospital antes de voltar para casa, diminuindo a média de 3 noites exigida por uma prostatectomia radical aberta. Homens submetidos a PRL terão um cateter (pequena sonda) passado através da uretra que irá permanecer no local durante aproximadamente uma semana. Devido a melhor visualização das estruturas, é realizada uma anastomose mais perfeita, com menor extravasamento de urina, permitindo a retirada mais precoce da sonda vesical. São várias as vantagens da LRP: menor índice de infecção, redução da dor pós-operatória e do sangramento, um menor período de hospitalização e um retorno mais rápido às atividades normais.

prostectomia-radical

A radioterapia é realizada através da emissão de radiação ionizante de um aparelho que fica a um metro do paciente, chamada teleterapia ou radioterapia externa, ou através da colocação de material radioativo no interior da próstata, chamada de braquiterapia ou implante intersticial.
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios? X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). A radioterapia pode ser realizada tanto com feixes de radiação externos, ou com irradiação interna, denominada braquiterapia.

radioterapia

A radioterapia é realizada através da emissão de radiação ionizante de um aparelho que fica a um metro do paciente, chamada teleterapia ou radioterapia externa, ou através da colocação de material radioativo no interior da próstata, chamada de braquiterapia ou implante intersticial.
O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerosas que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios? X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). A radioterapia pode ser realizada tanto com feixes de radiação externos, ou com irradiação interna, denominada braquiterapia.
A Ressecção Transuretral da Próstata é uma das cirurgias mais realizadas pelos urologistas. A maior razão é decorrente da frequência com que o aumento da próstata ocorre entre os homens. Este crescimento prostático exerce um efeito compressivo sobre a uretra, “abraçando-a” e assim dificultando o esvaziamento da bexiga. Os sintomas são bem conhecidos: jato fraco, que falha, esforço abdominal, frequência para urinar, sensação de não esvaziar a bexiga completamente. Existem várias formas de realizar esta desobstrução, a “raspagem” da próstata é a mais realizada e a eletrovaporização com laser ( Green laser ou Diodo laser) também muito executada com indicação absoluta naqueles em que necessitam o uso contínuo de medicamentos que afetam a coagulação sanguínea e portadores de doenças associadas graves.
Câncer de próstata é o câncer mais frequente no homem após os 40 anos e o segundo em mortalidade. Doença silenciosa, sem sintomas associados onde o diagnóstico precoce é a maior arma para a cura. Rotineiramente a dosagem do PSA ( proteína produzida pelas células glandulares prostáticas detectadas no sangue) e o toque digital da próstata são os exames iniciais na avaliação. Havendo dúvidas hoje existem vários exames complementares que permitem aumentar a precisão diagnóstica. Em caso de positividade no diagnóstico de doença maligna várias são as opções de condução do caso. Desde a observação e acompanhamento, até o tratamento cirúrgico, radioterápico, hormonal ou uma combinação destes. Para a definição da conduta as características da doença e do paciente são avaliadas.

CÂNCER DE BEXIGA

O câncer de bexiga é o segundo tipo de câncer mais frequente do sistema urinário do urinário.

Sua frequência é maior em brancos, a partir da sétima década de vida e no sexo masculino numa proporção 3:1. O tabagismo é o fator de risco de maior relevância, sendo proporcional ao tempo e quantidade consumida. Mas é também reversível, uma vez interrompido o hábito pode levar até dez anos para ter o risco de um não fumante. Outros fatores que aumentam a incidência são: as radiações ionizantes como radioterapia, infecções urinárias de repetição contato com aminas aromáticas aminas aromáticas, (azocorantes, benzeno, benzidina, cromo/cromatos, fumo e poeira de metais, agrotóxicos, hidrocarboneto policíclico aromático (HPA), óleos e petróleo).

Ocupações de risco – cabeleireiro, maquinista, mineiro, metalúrgico, motorista de caminhão, pintor, trabalhador de ferrovia, trabalhador em forno de coque e tecelão.

Sinais e sintomas

A hematúria (presença de sangue na urina) é o principal sinal. E pode ser visível a olho nu ou identificado em exame de urina (microscópico). Pode estar associado a outros sintomas principalmente frequência e ardência ao urinar. Nestes casos deve-se diferenciar de cistite e cálculo urinário.

Diagnóstico

Os exames de imagem: tomografia, ultrassonografia de vias urinárias praticamente definem o diagnóstico, mas a citoscopia (endoscopia urinária) e a pesquisa de células tumorais na urina também pode ser necessário.

Tratamento

O tratamento inicial é a abordagem endoscópica (cistoscopia) dos tumores para realizar a biópsia das lesões e a sua remoção.

Em caso de tumores de grande volume isso pode não ser possível. Nestes casos pode ser necessária a remoção cirúrgica completa da bexiga.

O uso de terapias intra-vesicais, radioterapia e quimioterapia podem ser indicadas em casos específicos.

A escolha do tratamento é individualizada e será feita pelo urologista, considerando as particularidades do paciente e das características do tumor quanto a agressividade e extensão da doença. Hoje, as chances de cura são elevadas particularmente quando o diagnóstico é precoce.

Cirurgia endoscópica que ocorre sob anestesia geral ou peridural/raquianestesia, na qual se procurará “raspar” (ressecção transuretral – RTU) todo o tumor visível, o que permitirá o estudo das suas características microscópicas (estudo anatomopatológico), dados fundamentais para definição do prognóstico e tratamento do câncer de bexiga. O estudo anatomopatológico permitirá ao patologista examinar as células tumorais e compará-las com as células normais do mesmo tecido. Com isto, ele poderá concluir o quanto as células tumorais diferem das normais e classificar o tumor em “baixo grau” e “alto grau”. O grau tumoral reflete a agressividade do tumor, ou seja, a probabilidade de vir a tornar-se infiltrativo, caso seja um tumor superficial, ou de se espalhar pelo organismo (desenvolver metástases).
O patologista definirá também até que profundidade o tumor invadiu a bexiga, se comprometeu apenas a mucosa e submucosa (tumores superficiais), ou se já houve comprometimento da musculatura vesical (tumores infiltrativos).

Cistectomia Parcial é a remoção de parte da bexiga em pacientes com CIS ou estádio T1 de alto grau, que não respondem à quimioterapia e imunoterapia intravesical. A cistectomia também é a forma mais adequada para o tratamento dos tumores infiltrativos (que acometem a musculatura vesical). Pode ser precedida por quimioterapia sistêmica ( injeção intravenosa de quimioterápicos ) em situações especiais. Esta cirurgia permite que a urina produzida fique armazenada neste reservatório intestinal (neo – bexiga ileal) para ser eliminada pela uretra, permitindo ao paciente viver com muito boa qualidade de vida. Contudo, alguns tumores podem impossibilitar esta forma de derivação urinária, exigindo a utilização de bolsas coletoras urinárias fixadas à pele, ou que se crie uma drenagem da urina para o intestino.

É a retirada de bexiga inteira (ou bexiga e próstata – cistoprostatectomia radical) por tumor ou outra causa grave, com a confecção de uma nova “bexiga” ou reservatório interno para a urina, com o uso de intestino delgado habitualmente, segmento ileal detubulizado (sem peristalse). Neste reservatório serão reimplantados os ureteres de ambos os rins. Realizada sob anestesia geral. Aqui o paciente não dependerá de aparelhos externos para a contenção da urina.
cistectomia-radical

CÂNCER RENAL

O câncer de rim ocorre geralmente em indivíduos a partir dos 50 anos, com discreta predominância em homens (1,5:1).

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem: tabagismo, hereditariedade (parentes de primeiro grau têm maior risco), obesidade, hipertensão, hepatites virais e utilização de medicamentos, tais como: anti-inflamatórios e acetaminofeno. A interrupção do tabagismo e o controle da obesidade são de extrema importância.

São tumores habitualmente silenciosos, não causam sintomas, porém, em fases avançadas, podem causar: dor lombar, sangue na urina e massa abdominal palpável.

O aumento da utilização de métodos de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada, tem aumentado a detecção de tumores renais incidentais (aqueles detectados coincidentemente durante o exame de imagem para investigar uma outra doença não relacionada). Neste caso os tumores podem estar restritos ao rim, sem disseminção.

A remoção parcial ou completa do rim é o tratamento de eleição quando a proposta é curativa. A via aberta e laparoscópica são as mais utilizadas. Outros procedimentos menos invasivos como o uso de radiofrequência e o congelamento de tumores podem ser indicados, também chamadas de terapias ablativas.

Como em todo câncer, o diagnóstico deve ser precoce, o tratamento individualizado, considerando as características da doença e do paciente.

Na nefrectomia parcial é removida apenas a parte do rim contendo a doença. Assim como na nefrectomia radical e dependendo da localização do tumor podem ser feitas várias incisões.
Esta abordagem é utilizada apenas quando não existe uma razão para remover todo o rim, o que inclui pacientes com tumores em ambos os rins, aqueles que têm apenas um rim, e pacientes com acometimento renal decorrente de outros problemas de saúde.
Atualmente, este tipo de cirurgia é a técnica preferida para pacientes com câncer renal em estágio inicial. Muitas vezes, é realizada para remover tumores únicos entre 4 e 7 cm de diâmetro. Alguns estudos demonstram que, a longo prazo, esse método apresenta resultados similares ? retirada de todo o rim. As nefrectomias parciais geralmente não são realizadas para tumores muito grandes, para os casos de vários tumores no mesmo rim, ou se a doença se disseminou para os gânglios linfáticos

nefrectomia-parcail

Na nefrectomia radical são removidos o rim, a glândula adrenal e o tecido adiposo ao redor do rim. A maioria das pessoas vive normalmente com apenas um rim.
Neste procedimento a incisão pode ser feira em vários locais, sendo os mais comuns a parte central do abdome, abaixo das costelas do mesmo lado do tumor ou mesmo no dorso, logo atrás do rim. Cada uma destas técnicas tem suas vantagens dependendo do tamanho e localização do tumor renal.

nefrectomia-radical

checkABLAÇÃO POR RADIOFREQUÊNCIA
Esta técnica utiliza ondas de rádio de alta energia para aquecer o tumor. Uma sonda fina, tipo agulha, é inserida através da pele até atravessar totalmente o tumor. A inserção da agulha é guiada por ultrassom ou tomografia computadorizada. Quando a sonda está posicionada, uma corrente elétrica é passada através da sonda, aquecendo o tumor e destruindo as células cancerígenas. A ablação por radiofrequência geralmente é feita em ambulatório, com anestesia local.

gr1

checkCRIOABLAÇÃO
Esta técnica utiliza uma temperatura extremamente fria para destruir o tumor. Nesta técnica, uma sonda é inserida no tumor, através da pele ou durante uma cirurgia laparoscópica. Gases muito frios são passados através desta sonda, criando uma bola de gelo que destrói o tumor. Para ter certeza que o tumor é destruído, o médico observa as imagens do tumor durante o procedimento com auxílio do ultrassom ou mede a temperatura dos tecidos.
O tipo de anestesia utilizado para a crioterapia depende de como o procedimento é realizado. Os efeitos colaterais incluem sangramento e lesões aos rins ou outros órgãos.

crio2

CÂNCER DE TESTÍCULO

Os testículos são as gônadas masculinas, equivalente aos ovários na mulher. Responsáveis pela produção de espermatozoides e testosterona. Localizam-se na bolsa testicular.

O tumor de testículo é o câncer mais comum em homens entre os 20 e 40 anos. Raro após os 40 anos. Aparece mais frequentemente em crianças e em homens entre os 30 e 35 anos.

A falha na descida do testículo para a bolsa testicular – criptorquidia – e a sua não correção até os 2 anos de idade aumentam o risco de câncer. Além disso a história familiar de tumores no testículo.

O principal sintoma do câncer testicular é o aumento do volume da bolsa testicular ou a palpação de um “caroço” no testículo, ambos indolores. Este fato aumenta o risco de retardo no diagnóstico.

O diagnóstico se faz pelo do exame físico e da realização de uma ultrassonografia de bolsa e tomografia abdominal, além da dosagem de marcadores tumorais em exames de sangue. Estes auxiliam no diagnóstico e no acompanhamento do tratamento

Caso cirúrgico

O tratamento é cirúrgico com remoção completa do testículo envolvido e do seu cordão através de uma incisão na região logo acima da virilha.

Uma prótese testicular pode ser colocada para manter o aspecto visual da bolsa inalterado no mesmo momento da remoção do testículo operado.

O tratamento cirúrgico pode ser o único necessário, mas a extensão da doença e o tipo de tumor pode exigir tratamentos adicionais como a radioterapia ou quimioterapia.

Hoje mais de 95% dos tumores testiculares são curáveis. Mas o autoexame em jovens, e pais atentos para alterações no volume da bolsa testicular ou nódulos, ou mesmo, a ausência de um dos testículos na bolsa testicular de crianças é importante para um diagnóstico e tratamento precoces.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a probabilidade de cura com tratamentos mais simples.

UROLÓGICAS

E PROCEDIMENTOS

UROLÓGICAS

ONCOLOGIA